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Auto-hemoterapia

quarta-feira, 30 de maio de 2012.
O que é auto-hemoterapia? 

É uma técnica simples, em que, mediante a retirada de sangue da veia e a aplicação no músculo, ela estimula um aumento dos macrófagos, que são, vamos dizer, a Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana) do organismo.

Os macrófagos é que fazem a limpeza de tudo. Eliminam as bactérias, os vírus, as células cancerosas, que se chamam neoplásicas. Fazem uma limpeza total, eliminam inclusive a fibrina, que é o sangue coagulado. Ocorre esse aumento de produção de macrófagos pela medula óssea porque o sangue no músculo funciona como um corpo estranho a ser rejeitado pelo Sistema Retículo Endotelial (SRE). Enquanto houver sangue no músculo o Sistema Retículo Endotelial está sendo ativado. E só termina essa ativação máxima ao fim de cinco dias.

A taxa normal de macrófagos é de 5% (cinco por cento) no sangue e, com a auto-hemoterapia, nós elevamos esta taxa para 22% (vinte e dois por cento) durante 5 (cinco) dias. Do 5º (quinto) ao 7º (sétimo) dia, começa a declinar, porque o sangue está terminando no músculo. E quando termina ela volta aos 5% (cinco por cento). Daí a razão da técnica determinar que a auto-hemoterapia deva ser repetida de 7 (sete) em 7 (sete) dias.

Essa é a razão de como funciona a auto-hemoterapia. É um método de custo baixíssimo, basta uma seringa. Pode ser feito em qualquer lugar porque não depende nem de geladeira - simplesmente porque o sangue é tirado no momento em que é aplicado no paciente, não há trabalho nenhum com esse sangue. Não há nenhuma técnica aplicada nesse sangue, apenas uma pessoa que saiba puncionar uma veia e saiba dar uma injeção no músculo, com higiene e uma seringa, para fazer a retirada do sangue e aplicação no músculo, mais nada. E resulta num estímulo imunológico poderosíssimo.

Razões para liberar o uso da Auto-hemoterapia

Pela suspensão da Nota Técnica Nº 1, de 13.04.2007, da Anvisa

Um número considerável de brasileiros faz uso da Auto-hemoterapia, técnica que consiste na retirada de sangue da veia e aplicação imediata no músculo, com o que o sistema imunológico tem seu poder multiplicado e são prevenidas, combatidas e curadas muitas doenças. Esta técnica é utilizada há 180 (cento e oitenta) anos. Em 1831, no Jornal de Medicina e Cirurgia Prática o médico italiano M. Mansizio recomendava como panacea uma operação que constituiu assunto duma nota apresentada à Academia de Medicina.

A Auto-hemoterapia foi definida como método terapêutico em 1912, pelo médico francês Paul Revaut, consistindo em injetar debaixo da pele de um doente alguns centímetros cúbicos do seu próprio sangue. Revaut descreveu a auto-hemoterapia, sua técnica e indicações pela primeira vez num importante artigo publicado em 1913. Em 1924 já era e utilizada com êxito, conforme pesquisa que resultou na tese do Dr. Alberto Carlos David, da Universidade do Porto – Portugal. E tem comprovação desde 1940, através de experiência do Dr. Jesse Teixeira relatadas no seu artigo científico denominado “Complicações Pulmonares Pós- Operatórias - Autohemotransfusão”.

Naquele trabalho o autor relata que:

“O sistema retículo-endotelial de ASCHOFF-LANDAU também é poderosamente estimulado pela autohemotransfusão. As seguintes experiências provam essa afirmação: a) Um emplastro de cantáridas, colocado sobre a pele da coxa, determina a formação de pequena vesícula. Pois bem, se aspiramos o conteúdo dessa vesícula num tubo em U e o centrifugarmos, depois de seco e corado, a contagem diferencial nos revelará uma incidência de monócitos por volta de 5% (os monócitos são os representantes no sangue circulante do S. R. E.). Após a autohemotransfusão, a cifra de monócitos, no conteúdo da vesícula, se eleva em oito horas para 22% e, após 72 horas, ainda há 20%, caindo a curva gradualmente para voltar ao normal, no fim de sete dias (...)”

O Dr. Luiz Moura, médico carioca que utiliza a técnica há 60 (sessenta), anos explica o procedimento da seguinte forma:

“É uma técnica simples, em que, mediante a retirada de sangue da veia e a aplicação no músculo, ela estimula um aumento dos macrófagos, que são, vamos dizer, a Comlurb (Companhia de Limpeza Urbana) do organismo.

Os macrófagos é que fazem a limpeza de tudo. Eliminam as bactérias, os vírus, as células cancerosas, que se chamam neoplásicas. Fazem uma limpeza total, eliminam inclusive a fibrina, que é o sangue coagulado.

Ocorre esse aumento de produção de macrófagos pela medula óssea porque o sangue no músculo funciona como um corpo estranho a ser rejeitado pelo Sistema Retículo Endotelial (SRE). Enquanto houver sangue no músculo o Sistema Retículo Endotelial está sendo ativado. E só termina essa ativação máxima ao fim de cinco dias.

A taxa normal de macrófagos é de 5% (cinco por cento) no sangue e, com a auto-hemoterapia, nós elevamos esta taxa para 22% (vinte e dois por cento) durante 5 (cinco) dias. Do 5º (quinto) ao 7º (sétimo) dia, começa a declinar, porque o sangue está terminando no músculo. E quando termina ela volta aos 5% (cinco por cento). Daí a razão da técnica determinar que a auto-hemoterapia deva ser repetida de 7 (sete) em 7 (sete) dias.

Essa é a razão de como funciona a auto-hemoterapia. É um método de custo baixíssimo, basta uma seringa. Pode ser feito em qualquer lugar porque não depende nem de geladeira - simplesmente porque o sangue é tirado no momento em que é aplicado no paciente, não há trabalho nenhum com esse sangue. Não há nenhuma técnica aplicada nesse sangue, apenas uma pessoa que saiba puncionar uma veia e saiba dar uma injeção no músculo, com higiene e uma seringa, para fazer a retirada do sangue e aplicação no músculo, mais nada. E resulta num estímulo imunológico poderosíssimo.”

Durante todo esse tempo a auto-hemoterapia foi utilizada, conforme inúmeros relatos de médicos, enfermeiros, outros profissionais de saúde e leigos, sem que tenha ocorrido qualquer problema decorrente da sua aplicação. Pelo contrário, milhares de relatos dão conta da proteção à saúde dos usuários, bem como da cura ou auxílio à cura de mais de 170 (cento e setenta doenças ou sintomas), em todos os estados brasileiros.

DVD

Mas em 2004 um fato novo mudaria o rumo do uso da técnica, que passou a ser mais utilizada a partir da divulgação de um DVD com uma entrevista do Dr. Luiz Moura aos jornalistas Ana Martinez e Luiz Fernando Sarmento, o qual passou a ser reproduzido e distribuído gratuitamente por todo o Brasil e até no exterior. O Sr. Luiz Fernando lembra que “em pouco tempo passamos a receber, de usuários, retornos espontâneos de resultados benéficos em relação aos mais variados distúrbios”, além de que “Iniciativas pessoais – aqui, ali, em muitos lugares – tornam popular a auto-hemoterapia”.

Com a reprodução para fins humanitários, o vídeo, bem como textos informativos e científicos passaram a ser disponibilizados na internet – onde havia dois anos já circulava estimativa de que 20.000.000 (vinte milhões) de pessoas já haviam assistido ao DVD. Passaram a se formar e ser mantidas salas virtuais de debates, ao mesmo tempo em que surgiam versões do DVD em espanhol e inglês. O assunto se propagava e surgiam solicitações de informações do Brasil inteiro, além de outros países, como Japão, Estados Unidos, Espanha, Argentina e Uruguai. Iniciava-se então uma campanha nacional em defesa da auto-hemoterapia.



PRECIPITAÇÃO

Devido à popularização do uso da auto-hemoterapia, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa emitiu em 13 de abril de 2007 uma Nota Técnica completamente desnorteada e em bases falsas, proibindo de forma precipitada, arbitrária, e ilegal o uso da técnica, que não está proibida em nenhum texto de Lei, solicitando em seguida um parecer a respeito ao Conselho Federal de Medicina – CFM. Ou seja: condenou o procedimento, para depois procurar argumentos que tentassem justificar tal decisão.

Com a disseminação do DVD e a proibição da auto-hemoterapia, o programa FANTÁSTICO da rede Globo apresentou uma reportagem na qual o CFM reagia ao seu uso e, embora sem argumentos corretos, provocou uma série de represálias ao trabalho do Dr. Luiz Moura. Chamaram a auto-hemoterapia de fraude e atacaram o seu divulgador de forma anti-ética, chamando-o de “picareta”. Mas na matéria em nenhum momento foi apresentado qualquer elemento sério para caracterizar a auto-hemoterapia como “fraude”. No máximo uma mulher, que dizia achar que poderia fazer mal, sem apresentar nenhum dado concreto. Ao contrário, o que se viu mesmo foi gente mostrando que faz a auto-hemoterapia e se dá bem, e o próprio Secretário da Saúde de Olinda mostrando que a institucionalização da terapia existia, que fazia uso e estava patrocinando pesquisa a respeito, a despeito de reações de alguns Conselhos de Medicina.

No dia 4 de agosto de 2007, em Cataguases/MG, foi realizado um evento que desencadeou a Campanha Nacional em Defesa da Auto-Hemoterapia. Por iniciativa de adeptos da técnica, o encontro, que reuniu mais de seiscentas pessoas no Cine Teatro Edgar, contou com uma memorável palestra do Dr. Luiz Moura, com duração de três horas. Acompanhado da esposa, Dra. Vera Moura, o palestrante respondeu também a inúmeras perguntas e ouviu depoimentos de usuários da AHT. A platéia tinha pessoas de todas as idades, entre médicos, enfermeiros, farmacêuticos e outros profissionais de saúde, professores, populares e prefeitos de municípios vizinhos.

CAMPANHA

Naquela ocasião foi lançada a Campanha Nacional em Defesa da Auto-Hemoterapia, com participantes do Rio de Janeiro, Mauá, São Paulo, Santos, Florianópolis, Belo Horizonte e Sete Lagoas, entre outras cidades. Dali saiu um texto-base, uma petição que foi registrada em Cartório de Registro de Títulos e Documentos e Registro Civil das Pessoas Jurídicas na cidade de Sete Lagoas/MG, em 31 de julho de 2007. Adeptos, usuários, praticantes, defensores, apoiadores e simpatizantes defendem o direito de uso e aplicação da auto-hemoterapia, sua liberação imediata pelas autoridades competentes, a realização de pesquisas complementares e a cessação de toda e qualquer represália aos profissionais de saúde e usuários da técnica.

Naquele mesmo ano, o Conselho Federal de Medicina publicou parecer sobre a prática da auto-hemoterapia, no qual mostra uma série de dúvidas, mas reage cegamente à realidade atual. Segundo o documento, o uso da auto-hemoterapia seria uma “aventura irresponsável”, apesar de citar 91 trabalhos científicos que podem de uma forma ou outra servir de norte para o estudo e as pesquisas sobre assunto. O parecer do CFM foi publicado em 07.12.2007, em resposta a consulta feita pela Anvisa.

Segundo a conclusão do Conselho, a auto-hemoterapia “pode ser testada com rigor” e admite que há possibilidade de teste de algumas de suas indicações. Refere-se ainda a indícios de funcionamento da auto-hemoterapia, no que chama de “casos isolados narrados com dramaticidade”. Mais do que um posicionamento técnico no âmbito das suas atribuições, o CFM parece empenhado em ignorar todos os acontecimentos em torno do assunto.

PESQUISA

A necessidade de avaliar mais precisamente o uso daquela técnica alternativa de tratamento no Brasil levou o site Orientações Médicas a promover a primeira pesquisa virtual de sobre Auto-hemoterapia. A pesquisa, que está na Internet desde o dia 9 de dezembro de 2007, é destinada somente para pessoas que fazem ou já fizeram aplicações de Auto-hemoterapia durante um período mínimo de um mês e já foi respondida por mais de 880 (oitocentos e oitenta) usuários. Todas as questões mais relevantes sobre o assunto estão dispostas no questionário, que começa indagando se a pessoa fez ou faz aplicações de Auto-hemoterapia, que vantagem(s) obteve, desde quando, até quando e se ainda está fazendo, bem como se houve algum efeito colateral (algo que pudesse ter prejudicado o organismo).

Por outro lado, um grupo de defensores da auto-hemoterapia, formado por pessoas que defendem o Direito de continuar o tratamento, entre eles pesquisadores, médicos, enfermeiros e terapeutas que se sentem ceifados em suas pesquisas e atendimentos, com a proibição da auto-hemoterapia, fez um abaixo-assinado e coletou assinaturas para levar ao então Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e ao então Ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Após expor o imenso número de experiências com a auto-hemoterapia, os signatários afirmam a certeza de que a sua proibição é arbitrária e serve a interesses escusos inadmissíveis.

No dia 12 de dezembro de 2007, às 21h, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) realizou uma reunião a portas fechadas para apreciar uma denúncia de que o médico Luiz Moura estava difundindo um DVD sobre auto-hemoterapia. O resultado da reunião foi a cassação do registro do dr. Luiz Moura, à época com 83 anos, que a partir daquela data ficaria proibido de exercer a medicina após 57 anos em atividade. Recorrendo ao Conselho Federal de Medicina, o Dr. Luiz Moura foi absolvido da cassação em 13 de agosto de 2010.

AGRESSÃO

Desde o momento em que a Anvisa emitiu a Nota Técnica, o assunto passou a ser visto paulatinamente entre médicos que defendem um tratamento correto do assunto. Dezenas de matérias mostravam o assunto, como a que dizia que “Médico paulista também recomenda AHT”, outra na qual “Mastologista sugere estímulo à pesquisa”, e utras: “Proibição à auto-hemoterapia é agressão à arte de curar”, “Médico prevê sucesso da auto-hemorerapia”, “Médico diz que prescrever auto-hemoterapia é ato de humanidade”, “Médico mineiro diz que auto-hemoterapia seria redenção da saúde pública”, “Paraibanos aprovam a auto-hemoterapia”, “Médico levanta dúvidas sobre Parecer do CFM”, “Médica do Piauí pesquisa auto-hemoterapia em animais”, “Transfusões também teriam de ser proibidas, afirma médica”, “Mais um médico mostra bons resultados da auto-hemoterapia”, “Auto-hemoterapia protege a saúde”, “Dr. Alex Botsaris quer equilíbrio na avaliação da auto-hemoterapia” e “Médico do HC-FMUSP defende associação”. Todas estas matérias encontram-se no link http://www.rnsites.com.br/auto-hemoterapia.htm .

Durante os meses que se seguiram, mesmo enfrentando obstáculos, a auto-hemoterapia continuou sendo cada vez mais difundida e utilizada, o DVD do Dr. Luiz Moura ganhou transcrição na Internet, em português e inglês e a técnica ganhou apoios importantes, como do SINDSAÚDE de Minas Gerais e o próprio Presidente do Conselho Nacional de Saúde à época, Francisco Júnior defendeu o debate do assunto no âmbito do Ministério da Saúde. Conforme foi mostrado, o CFM e a ANVISA desprezam até a Declaração de Helsinque, que prevê situações onde os médicos podem fazer o uso da auto-hemoterapia. Foi mostrado ainda que a proibição da auto-hemoterapia pode causar mortes.

USO

Nesse ínterim surgiu a notícia que o Brasil inteiro assistiu a TV Globo, no Jornal Nacional, mostrando que “Cientistas americanos desenvolveram um tratamento que abriu novas perspectivas no combate ao câncer”, completando que “O método utiliza células do sangue do próprio paciente”. Segundo a notícia, “A nova técnica foi usada em um paciente com quadro grave da doença” e que “O câncer tinha se espalhado da pele para pulmões e virilha”. A técnica foi usada há dois anos e o câncer nunca mais voltou. O mais surpreendente, segundo a informação, é que “o paciente não recebeu qualquer tratamento complementar, como quimioterapia ou radioterapia”. Isto seria mais uma mostra da eficácia da auto-hemoterapia.

A Revista da Associação Médica Brasileira, em seu volume 54 - Nº 2, de Março e Abril de 2008 publica artigo na seção PONTO DE VISTA com o título “AUTO-HEMOTERAPIA, INTERVENÇÃO DO ESTADO E BIOÉTICA”, mostrando que “A auto-hemoterapia é uma prática de uso clínico crescente”. A formulação, no entanto, é estranha, pois o resumo, onde reconhece que o uso da auto-hemoterapia cresce no Brasil, afirma que tal prática teria “potencial risco à saúde dos indivíduos, uma vez que se trata de procedimento terapêutico sem comprovação científica”. Ou seja, para criticar a auto-hemoterapia, alegam que se trata de procedimento sem comprovação e quer que isto seja suficiente até para proibi-la. Mas por outro lado dizem - sem qualquer base científica - que teria “potencial risco à saúde dos indivíduos”. Aqui eles não dizem qual é este potencial nem provam nada sobre os aludidos riscos. Até porque nunca se viu nenhuma comprovação de problema decorrente do uso da auto-hemoterapia.

RECUO

Mas os argumentos insustentáveis contra a técnica vêm desmoronando a cada dia, pois a o CFM viu-se obrigado a publicar um esclarecimento que põe de água abaixo os argumentos do seu Parecer Nº 12/2007. Eis a publicação, feita no Jornal de Medicina nº 168: “Nota de esclarecimento - Em face de falha na redação do artigo “Auto-hemoterapia não tem eficácia comprovada’ no Jornal Medicina (XXII, 167, DEZ/2007, p.11), esclarecemos que o procedimento terapêutico denominado “tampão sangüíneo peridural” é cientificamente amparado por relevante literatura médica e remetemos o leitor ao texto que trata dessa matéria no Parecer CFM 12/07.” Com este esclarecimento, o CFM anuncia que a auto-hemoterapia é permitida aos médicos anestesistas, uma vez que o “tampão sangüíneo peridural” nada mais é do que uma espécie de auto-hemoterapia utilizada durante cirurgias. Mais grave ainda é que este procedimento foi comentado no Parecer do CFM, porém numa tentativa de desqualificá-lo. A nota de esclarecimento do CFM foi publicada também no site da Sociedade Brasileira de Anestesiologia.

A cada dia que passa fatos novos vêm desmanchando os pretensos argumentos do CFM e entidades e instituições que o seguem, como a Anvisa contra o uso da auto-hemoterapia no Brasil. Agora fica mais claro o que todos já suspeitavam: se a auto-hemoterapia for feita cheia de aparatos caros e em salas de cirurgia, é permitida, mesmo em casos em que não haja comprovação científica da eficácia de sua aplicação. São os casos do chamado PRP (Plasma Rico em Plaquetas), do Tampão Sanguíneo Peridural – TSP e da Ozonioterapia.

O programa Esporte Espetacular da Rede Globo mostrou domingo (10.01.2010) a cura de feridas de atletas através da técnica PRP, através da qual o sangue do próprio atleta é retirado e posto numa centrífuga para voltar a ser aplicado no mesmo atleta. Cada aplicação custa R$ 1.000,00. É o que está sendo chamado de auto-hemoterapia dos ricos.

Em julho de 2009 a Folha de S. Paulo publicara matéria dizendo que “Injeção de plaquetas acelera recuperação de músculos”, na qual especialistas relatam bons efeitos em casos de tendinites e lesões musculares. A matéria relatava que o plasma rico em plaquetas era empregado havia cerca de dois anos no Brasil e dizia que estudo revelava que técnica diminui necessidade de cirurgias. Observemos que a matéria informava que os estudos sobre o assunto ainda estavam “em fase inicial”, mas uma pesquisa conduzida pelo ortopedista Rogério Teixeira da Silva, coordenador do Núcleo de Estudos em Esportes e Ortopedia e presidente do Comitê de Traumatologia Desportiva da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), que acompanha 90 pessoas, constatou os benefícios da técnica.

A matéria acrescentava que “Dos 46 pacientes que tinham recebido indicação cirúrgica, apenas três de fato precisaram da operação após passar pelo procedimento que utiliza plasma rico em plaquetas”. A técnica consiste em injetar, diretamente na lesão, um concentrado de plaquetas (células que carregam proteínas chamadas fatores de crescimento). Esses fatores são os responsáveis por promover a regeneração do tecido. Em altas concentrações, eles podem ser capazes de acelerar o processo natural.

Por outro lado, a matéria ressalta que “A utilização dessas plaquetas não oferece riscos de rejeição ou de reação alérgica, já que são células do próprio paciente”. O procedimento, que custa em torno de R$ 3.000,00 por aplicação, ainda não é coberto pelos planos de saúde. É mostrado ainda na matéria que "Ainda não temos evidências científicas que confirmem a eficácia do tratamento", conforme pondera Romeu Krause, presidente da SBOT. "Não há consenso na literatura e o paciente deve ser informado a respeito disso", lembra. Mas segundo assegura Ricardo Cury, do Grupo de Cirurgia do Joelho e Trauma Esportivo da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, "Não é um tratamento experimental, ele faz parte do arsenal terapêutico, mas ainda há questões em aberto, como qual o fator de crescimento ideal que deve ser usado ou se há casos de resposta exacerbada".

A Enfermeira Dra. Aparecida de Luca, referindo-se à matéria veiculada na TV Globo, indaga: “isso é ou não é auto hemoterapia (AHT), que foi tão combatido pelo CFM e pelo próprio COFEN?”, observando que “Na referida técnica, os médicos são os únicos a realizá-la, porque utilizam centrífuga e endoscópio pra ver a aplicação direta na articulação, procedimentos, que, sem dúvida, tornam o procedimento mais complexo.”, acrescentando que “Diferentemente da simplicidade da AHT, quando o sangue é retirado da veia e injetado no músculo, e, considerando que a reação ao sangue injetado é sistêmica, não haveria a necessidade dele ser injetado no próprio local da lesão”.

Para a Dra. Aparecida, “A aplicação do sangue total no músculo, e não somente o plasma, também é compreensível, porque se o plasma não causa problemas, porque os outros elementos do mesmo sangue causariam?”. Ao lembrar que cada aplicação custa R$ 1.000,00, ela questiona: “Estaria aí a razão de tentar combater a AHT, que é simples e pode ser feita por outros profissionais que não sejam médicos?” Ela chama atenção também para o fato de no próprio vídeo ser dito que “alguns médicos estão preferindo esperar resultados de pesquisas que comprovem a eficácia do tratamento”, concluindo que “No entanto, aqueles que executam, o fazem sem resultados de pesquisa, e já estão aplicando, inclusive no Ronaldo, o fenômeno”.

A Ozonioterapia é outra forma que os profissionais de saúde praticam sem nenhuma manifestação contrária da Anvisa e do CFM. No endereço da Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ)http://www.aboz.org.br/Web/secoes_site.asp?id=7 é explicado quais são as “vias de administração Sistêmicas: - Grande Auto-Hemoterapia (Major), - Insuflação Retal, - Pequena Auto-Hemoterapia (Minor) e - Solução salina ozonizada”.

Um outro destaque deste endereço mostra que “... Quando utilizado em baixas concentrações, a resistência do organismo é mobilizada, ou seja, o ozônio ativa o sistema imunológico. Através do ozônio, a células imunológicas do corpo produzem citocinas (incluindo mediadores importantes como interferons e interleucinas); estas informam outras células imunológicas, ativando a cascata imunológica. ...”.

Mostra ainda que “...Graças às suas propriedades seletivas, o ozônio médico é utilizado em diferentes campos, algumas vezes como viga mestra do tratamento, outras com mero coadjuvante: - Tratamento de doenças de ordem circulatórias, inclusive geriatria; - Tratamento de doenças produzidas por vírus, como hepatite e herpes; - Tratamento de feridas e processos inflamatórios: úlceras abertas na pele, inflamações intestinais, queimaduras, feridas infectadas, infecções por fungos e outras; e - Condições inflamatórias e reumáticas.”.

Diante dessas contradições, cabe ao Conselho Federal de Medicina – CFM, a Anvisa, o Conselho Federal de Enfermagem – COFEN e à Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia – SBHH esclarecer à nação brasileira, o que está acontecendo. Enquanto proíbem atabalhoadamente o uso da auto-hemoterapia comum, a permitem abertamente quando o seu uso ocorre em ambiente de onde decorrem vultosos pagamentos. Tanto a técnica PRP (Plasma Rico em Plaquetas) como o Tampão Sanguíneo Peridural ou, ainda, a Ozonioterapia, são procedimentos de custos elevados. Uma coisa, pelo menos, é bem clara: qualquer que seja a forma, fica comprovando a eficácia da auto-hemoterapia.

AUTORITARISMO

Artigo jornalístico mostrava que o estado em que se encontra hoje a questão do uso da auto-hemoterapia no Brasil proporciona uma forte visão do autoritarismo, do abuso do poder e da força arbitrária. Fazia mais de cem anos que a técnica era permitida e usada por médicos para curar ou ajudar na cura de inúmeras doenças, mas de repente foi proibida devido a uma interpretação errônea que vem prejudicando a população brasileira inteira. Durante todo aquele tempo de uso, não existiu nenhum registro de algum mal que pudesse ter dela decorrido. Mas estranhamente, sem que tivesse ocorrido qualquer fato que justificasse, a Anvisa, de forma injusta e confusa, criou um clima de proibição.

A confusão jurídica na ANVISA é grande, pois solicitada a apresentar esclarecimentos sobre a auto-hemoterapia, para saber se havia sido proibida ou não, aquele órgão respondeu com duas informações contraditórias. Primeiro, que o assunto ainda estava sendo analisado; depois, que estava, sim, proibida através da Nota Técnica, que era anterior àquela outra informação. Acontece que Nota Técnica não tem poder de proibir nenhum procedimento. Mas apesar disso os médicos temem punições e não aplicam oficialmente a técnica, embora seja grande e crescente o número de profissionais que defendem a auto-hemoterapia e criticam a decisão drástica, inesperada e desumana do CFM.

NOTA

Vejamos o texto da Nota Técnica e em seguida o que temos a considerar sobre o seu teor:

NOTA TÉCNICA Nº 1 DE 13 DE ABRIL DE 2007

Auto-Hemoterapia

Considerando os questionamentos recebidos pela Gerência de Sangue e Componentes – GGSTO/ANVISA, sobre a prática denominada de “auto-hemoterapia” esclarecemos o que segue:

1. A prática do procedimento denominado auto-hemoterapia não consta na RDC nº. 153, de 14 de junho de 2004, que determina o regulamento técnico para os procedimentos hemoterápicos, incluindo a coleta, o processamento, a testagem, o armazenamento, o transporte, o controle de qualidade e o uso humano de sangue e seus componentes, obtidos do sangue venoso, do cordão umbilical, da placenta e da medula óssea.

2. Tal procedimento consiste na retirada de sangue por punção venosa e a sua imediata administração por via intramuscular ou subcutânea, na própria pessoa.

3. Não existem evidências científicas, trabalhos indexados, que comprovem a eficácia e segurança deste procedimento.

4. Este procedimento não foi submetido a estudos clínicos de eficácia e segurança, e a sua prática poderá causar reações adversas, imediatas ou tardias, de gravidade imprevisível.

5. A Resolução CFM nº 1.499, 26 de agosto de 1998, proíbe aos médicos a utilização de práticas terapêuticas não reconhecidas pela comunidade científica. O reconhecimento científico, quando e se ocorrer, ensejará Resolução do Conselho Federal de Medicina oficializando sua prática pelos médicos no país.

Proíbe também qualquer vinculação de médicos a anúncios referentes a tais métodos e práticas.

6. A Sociedade de Hematologia e Hemoterapia não reconhece o procedimento auto-hemoterapia.

7. O procedimento “auto-hemoterapia” pode ser enquadrado no inciso V, Art. 2º do Decreto 77.052/76, e sua prática constitui infração sanitária, estando sujeita às penalidades previstas no item XXIX, do artigo 10, da Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977.

8. As Vigilâncias Sanitárias deverão adotar as medidas legais cabíveis em relação à referida prática.

INCOMUNICAÇÃO

Depreende-se da leitura desta nota que a população brasileira está vivendo uma situação incomum que, em decorrência de um processo de incomunicação está causando prejuízos aos usuários e defensores da Auto-hemoterapia. A Anvisa afirma, entre outras coisas, que

“O procedimento ‘auto-hemoterapia’ pode ser enquadrado no inciso V, Art. 2º do Decreto 77.052/76, e sua prática constitui infração sanitária, estando sujeita às penalidades previstas no item XXIX, do artigo 10, da Lei nº. 6.437, de 20 de agosto de 1977”.

Em seguida, determina que

“As Vigilâncias Sanitárias deverão adotar as medidas legais cabíveis em relação à referida prática”.

Quando alguém cita um texto de lei e vincula seu conteúdo ao assunto em discussão, é normal que se ache tratar-se de algo correto, ainda mais quando a citação é feita por órgão público do Governo Federal. Entretanto, uma busca mais acurada é o suficiente para detectarmos possíveis enganos capazes de transformar as afirmações da Nota Técnica no que se refere à legislação em algo sem nenhum significado.

Para não deixar de capitular o procedimento nem que fosse de forma tangencial, a Anvisa citou em sua nota técnica, como vimos, o Decreto 77.052/76 e a Lei 6.437/77.

Pois bem: sabe o que dizem aqueles textos legais?

1. O Decreto Nº 77.052, de 19 de janeiro de 1976, que dispõe sobre a fiscalização sanitária e dá outras providências reza, em seu Art. 2º que

“Para cumprimento do disposto neste Decreto as autoridades sanitárias mencionadas no artigo anterior, no desempenho da ação fiscalizadora, observarão os seguintes requisitos e condições: (...) V - Métodos ou processos de tratamento dos pacientes, de acordo com critérios científicos e não vedados por lei, e técnicas de utilização dos equipamentos.”

Até aqui, nada proíbe a auto-hemoterapia. Se alegarem que precisa estar de acordo com critérios científicos, ela pode enquadrar-se por analogia no que dizem as resoluções do CFM que permitem práticas alternativas provisoriamente enquanto as pesquisas consolidam os procedimentos. No que se refere a vedação legal, não existe nenhuma lei tratando do assunto. E quanto a equipamentos, a auto-hemoterapia não necessita de nada além de seringas, garrotes, algodão e álcool.

2. A Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, por sua vez,

“Configura infrações à legislação sanitária federal, estabelece as sanções respectivas, e dá outras providências”.

Reza, no seu Art. 10, que

“São infrações sanitárias: (...) XXIX - transgredir outras normas legais e regulamentares destinadas à proteção da saúde:”,

estabelecendo Pena – de

“advertência, apreensão, inutilização e/ou interdição do produto; suspensão de venda e/ou fabricação do produto, cancelamento do registro do produto; interdição parcial ou total do estabelecimento, cancelamento de autorização para funcionamento da empresa, cancelamento do alvará de licenciamento do estabelecimento, proibição de propaganda”.

Como se vê, também nesta Lei citada pela ANVISA, nada enquadra a auto-hemoterapia. Vejamos porquê. Os princípios de direito são claros e inarredáveis. Não há crime sem lei que o preveja. Então como um órgão público federal trata de um assunto de forma tão genérica, ao ponto de tentar fazer um vínculo com o “transgredir outras normas legais e regulamentares destinadas à proteção da saúde”?.

O texto da Lei existe para ser utilizado com as outras normas legais. Para fazer enquadramento, a ANVISA precisaria dizer em quais normas legais estaria passível de punição a auto-hemoterapia. Muito claro, não?

Mas ainda foi incluído mais um item na Nota Técnica, o item 8, que diz:

”As Vigilâncias Sanitárias deverão adotar as medidas legais cabíveis em relação à referida prática”.

Conforme vimos, para adotar as medidas legais cabíveis será necessário informar em quais leis o assunto estaria enquadrado. E na legislação brasileira o assunto ainda não foi capitulado.

Para não deixarmos sem abordar mais um aspecto da incomunicação da ANVISA em sua Nota Técnica nº 1, de 13 de abril de 2007, lembremos que ela justifica a criação do documento citando

“os questionamentos recebidos pela Gerência de Sangue e Componentes – GGSTO/ANVISA, sobre a prática denominada de ‘auto-hemoterapia’”

E logo no seu primeiro item adianta:

“1. A prática do procedimento denominado auto-hemoterapia não consta na RDC nº. 153, de 14 de junho de 2004, que determina o regulamento técnico para os procedimentos hemoterápicos (...)”.

Pois bem: não consta, mas bem que poderia constar. Esta pode ser a hora de fazer uma emenda àquele regulamento, para resolver muitos problemas de saúde pública no nosso país.

Diante de tanta confusão, espera-se há mais de quatro anos que as autoridades adotem providências visando corrigir esta situação, que vem causando prejuízos à população usuária ou defensora da auto-hemoterapia.

SUPERFICIALIDADE

Ademais, é preciso que o Governo Federal, através da ANVISA agilize o processo de decisão, observando que o Parecer do CFM foi feito de forma superficial e sem conteúdo suficiente para recomendar a proibição da prática da auto-hemoterapia. Ao contrário, que seja feita consulta pública e estimulada a realização de pesquisas que consolidem todas as práticas vitoriosas da auto-hemoterapia ao longo dos seus 100 anos de benefícios e curas.

O Parecer do CFM mostra uma séria de dúvidas e reage cegamente à realidade. Segundo o documento, o uso da auto-hemoterapia seria uma “aventura irresponsável”, apesar de citar 91 trabalhos científicos que podem de uma forma ou outra servir de norte para o estudo e as pesquisas sobre assunto. O parecer do CFM foi publicado em 07.12.2007, em resposta a consulta feita pela Anvisa.

Segundo a conclusão do Conselho, a auto-hemoterapia “pode ser testada com rigor” e admite que há possibilidade de teste de algumas de suas indicações. Refere-se ainda a indícios de funcionamento da auto-hemoterapia, no que chama de “casos isolados narrados com dramaticidade”. Mais do que um posicionamento técnico no âmbito das suas atribuições, o Conselho Federal de Medicina parece empenhado em ignorar todos os acontecimentos em torno do assunto. Senão, vejamos:

A certa altura do parecer, está escrito que “é preceito científico fundamental não se considerar os resultados satisfatórios de um único trabalho científico como evidência suficiente para recomendar o seu uso disseminado.” Se não tem trabalhos em número suficiente, por quê não estimular a execução de novas experiências para comprovar ou não, deixando a porta aberta para a técnica e não sendo taxativo na sua condenação, como fazem?

Já que o Conselho diz que “tudo que existem são casos isolados narrados com dramaticidade, que pouco se prestam a provar coisa alguma perante a ciência”, por quê não transformar o que chamam de drama em universo científico? O próprio parecer já apresenta várias questões que podem ser transformadas em pesquisas científicas. Afirma o parecer:

“Muitos questionamentos poderiam ser feitos à luz das afirmações do Dr. Luiz Moura. Como um agente terapêutico que estimula o sistema imunológico pode combater doenças auto-imunes? E no caso da esclerose múltipla, da ictiose, da acne? Quantos mecanismos de ação estão envolvidos? Como é possível, no contexto em que foi apresentado, distinguir entre efeito real e efeito placebo? O aumento do número de macrófagos foi observado pelo Dr. Jésse Teixeira na vesícula produzida pela cantaridina. O mesmo ocorre no sangue periférico? Esse aumento de macrófagos indica realmente aumento da imunidade? Qual? Celular? Humoral? Ambas? Pior ainda, como distinguir efeito placebo de efeito da terapia se os casos relatados para cada enfermidade são exíguos, isolados? Por que a estimulação imunológica que pretensamente cura infecções, não piora as doenças auto-imunes?”

Está aí a pauta dada pelo CFM para trabalhos científicos atualizados sobre auto-hemoterapia.

Logo no início é explicado que “Para a sua formulação, este parecer acata que a Medicina atual fundamenta seu saber em resultados de hipóteses genuinamente testadas, em resultados que se repetem, em evidência enfática”. Parece meio caminho andado para enxergar que na auto-hemoterapia aparecem evidências enfáticas, diante de milhares de depoimentos que estão sendo dados diariamente por pessoas que fazem o seu uso e tiveram ou estão tendo resultados. Não fosse a sanha de perseguir uma terapia de baixíssimo custo e ao seu divulgador, que desrespeitam e tentam, ao mesmo tempo, tirar a credibilidade da palavra de milhares de cidadãos. Claro que o processo científico procura razão, experiência e tem forte dose de ceticismo, compreendendo um processo contínuo. Mas é preciso observar que de algo serve para caracterizar um processo contínuo, o fato de a técnica estar sendo usada e comprovada há 96 anos.

Ressalte-se que para negar burocraticamente a existência de sentido na auto-hemoterapia, o parecer se refere a sua citação nos dicionários Houaiss e Vilar e que o mesmo significado é admitido no Dorland’s Illustrated Medical Dictionary e Aurélio B. H. Ferreira, estando fora do Stedman's Medical Dictionary (2000). Além do mais, discorre sobre Estudos Ligados A Tampão Sangüíneo Peridural, Auto-Hemoterapia Com Sangue Tratado Por Algum Agente Químico Ou Físico, Ozonioterapia Por Auto-Hemotransfusão, Auto-Hemoterapia Para Queimaduras Oculares, Auto-Hemoterapia Propriamente Dita, Análise Do Trabalho “Complicações Pulmonares” De Jésse Teixeira, Trabalho De Revisão Do Professor Ricardo Veronesi,

Quando trata da Análise do Trabalho “Complicações Pulmonares” de Jésse Teixeira, o parecer diz que “Assim, embora o artigo viesse a revelar indícios de uma possível ação terapêutica efetiva da auto-hemoterapia, demonstrados em um trabalho de 1939, isso deveria ser motivo para a realização de ensaios clínicos cientificamente orientados que replicassem aqueles resultados e não que fosse tomado como uma demonstração inequívoca de efetividade nos dias atuais.”

TRABALHOS

O próprio parecer citou 91 trabalhos científicos na área da auto-hemoterapia. Nenhum, entretanto, é suficiente para comprovar plenamente os resultados que são alegados para o seu uso. Mas também não seria tão científico concluir que se tratou de 91 aventuras através da história de tantos renomados e competentes pesquisadores. Seria hora, então, de buscar a demonstração inequívoca, para autorizar ou não a adoção da auto-hemoterapia. Ignorar que a auto-hemoterapia é uma questão da ordem do dia que precisa ser resolvida com responsabilidade institucional continua sendo tentativa de tapar o sol com a peneira.

O Parecer do Conselho Federal de Medicina sobre auto-hemoterapia, que desprezou muitas informações importantes para concluir que sua prática deveria ser proibida, sem apontar nenhuma solução para o problema das pessoas que estavam se tratando com aquele recurso, logo começou a se desmanchar. O médico Alex Botsaris, do Rio de Janeiro, assinou artigo veiculado no site Via Estelar, com o título de “Auto-hemoterapia é um tratamento ainda experimental”, no qual diz que “É preciso fazer uma avaliação equilibrada sobre a auto-hemoterapia.”

Ao contrário do que está colocado no parecer do CFM, o médico - autor de livros como “Sem Anestesia”, que teve grande repercussão na área de saúde – afirma que “não é verdade que essa terapêutica não tenha nenhum fundamento, nem que não haja nenhum trabalho publicado sobre ela na literatura mundial ou nacional, como afirma a SBHH” (Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia). Ele define a Auto-hemoterapia como “um recurso terapêutico simples que consiste em retirar sangue de uma veia e aplicar no músculo”.

O Dr. Alex Botsaris informa que “Na base de dados pubmed, do NIH (Instutito Nacional de Saúde americano), considerada a maior base de dados médicos do mundo, existem cerca de 106 estudos científicos publicados sobre auto-hemoterapia, a maioria sendo clínicos.” Segundo ele, “É um numero modesto, mas mostra que alguma pesquisa já foi realizada.” Cita que “Um estudo, inclusive, foi realizado no Brasil. Nele vacas com um tipo de infecção na pele chamada de ectima receberam auto-hemoterapia ou um antisséptico a base de iodo (tratamento convencional) no final de uma semana 26% das vacas que receberam auto-hemoterapia tinham melhorado contra 8% das que receberam tratamento convencional (uma diferença que é significativa do ponto de vista estatístico). Nenhum efeito colateral ou agravamento foi descrito nesse estudo.

Em outra parte do artigo o médico considera que “O CFM tem razão em classificá-la como terapêutica ainda não aprovada pela comunidade médica, e que necessita mais estudos para ter sua aplicação validada.”, mas assevera que “Por outro lado o que se espera da academia, da comunidade médica e dos órgãos de regulamentação da medicina, é que todos se esforcem no sentido de descobrir os potenciais desse tratamento.” E diz mais: “Afinal, como afirma o médico Luis Moura ele é simples, barato e tem potencial para tratar muitas doenças cujo tratamento é caro e com drogas que possuem efeitos adversos importantes.”

Alex Botsaris é formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, especializado em doenças infecciosas pelo Hospital Claude Bernard (Paris) e em acupuntura e medicina chinesa pela Sociedade Internacional de Acupuntura (França), e pela Universidade de Pequim (China). É ex-presidente do Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais (IBPM). Autor dos livros: "O Complexo de Atlas", "Sem Anestesia", "As Fórmulas Mágicas das Plantas", "Segredos Orientais da Saúde e do Rejuvenescimento" e "Medicina Complementar".

LITERATURA

A eficácia da auto-hemoterapia é lastreada em vasta literatura científica universal, e de fácil busca na internet.

Em http://books.google.com.br/? Busca efetuada em seis idiomas sobre a auto-hemoterapia em 23/10/2010, lista 11.100 livros no total. Esta produção científica, que inclui livros produzidos nos últimos anos, respalda a auto-hemoterapia e nenhum deles aponta efeitos indesejados com o uso da técnica.

Citemos apenas três, destacando as datas de suas edições:

Em alemão, Praxis der Eigenbluttherapie‎, Harald Krebs - 2007 - 166 páginas, emhttp://books.google.com.br/books?id=v9VCpONbKswC&printsec=frontcover&dq=eigenbluttherapie&cd=1#v=onepage&q=&f=false.

Em francês, “Autohémothérapie locale dans l'angiodermite nécrotique : étude pilote”, de 2005, original no endereço http://www.em-consulte.com/article/155339 .

E, em inglês, AUTOHEMOTHERAPY REFERENCE MANUAL Definitive Guide and Historical Review From Bloodletting to Stemcells, de Stuart Hale Shakman, do Institute Science, Santa Mônica, Califórnia, EUA, 1ª edição, 296 páginas, 1998. em http://instituteofscience.com/books.html.

JURISPRUDÊNCIA

Levar em conta que a Justiça Brasileira já se pronunciou em caso idêntico, conforme decisão da 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Refere-se ao caso do portador de hepatite C que teve tratamento alternativo garantido por decisão da 6ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (DF), segundo a qual “Sempre que houver risco iminente de morte, o paciente poderá se socorrer de terapêutica alternativa”. O Tribunal manteve a continuidade de tratamento médico-hospitalar não-convencional, aquele sem comprovação de eficácia, a um portador de hepatite C. O recurso é da Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará, que é contra o tratamento.

O portador de hepatite C crônica, com cirrose hepática e sinais de insuficiência hepática, pediu autorização para realizar transfusões de leucócitos e plasma a fim de

infundir células produtoras de anticorpos neutralizadores do vírus da hepatite C. Ao

contrário do método tradicional, que não surtia efeito, o alternativo, segundo o paciente, estaria trazendo melhora significativa. Por três vezes o doente teria feito uso dessa terapia, após concessão de liminar, com conseqüente benefício no quadro clínico.

Para o relator, juiz federal convocado pelo TRF-1, Carlos Augusto Pires Brandão, o paciente deve continuar o tratamento pelo método alternativo não-consagrado, embora reconhecido internacionalmente, mas que lhe trouxe bem-estar. “O direito à vida se configura como uma das mais importantes garantias constitucionais”, sustentou o juiz, no REOMS 2002.39.00.003067-7/PA.

“PRECAUÇÃO”

Precisamos registrar também fato ocorrido recentemente. A Anvisa enviou expediente a sua Excelência o Senador Eduardo Suplicy informando que nada tem a obstar à realização de pesquisas sobre auto-hemoterapia “que cumpram protocolos em concordância com o método científico e com as normativas nacionais vigentes que versam sobre pesquisas envolvendo seres humanos”. A informação foi dada em 31 de janeiro de 2011, na resposta ao pedido de explicações sobre a postura do governo perante o uso da auto-hemoterapia no Brasil.

Mais uma vez usando uma resposta pronta e que desvirtua a realidade, a agência afirma que “A Anvisa mantém a visão anteriormente exposta pela Nota Técnica Nº 001/2007 devido ao que chama de “inexistência de evidências científicas e trabalhos indexados que comprovem a eficácia e segurança desta prática médica”. Ainda na contra mão do que seria razoável na busca da verdade e no cumprimento do real papel das autoridades sanitárias, o órgão alega que seu posicionamento dar-se-ia “com base no Princípio da Precaução e cumprindo a missão de proteger a saúde da população brasileira”.

Como se sabe nos meios jurídicos e administrativos, o princípio da precaução não pode nem deve ser empregado de forma autoritária, conforme alerta a Desembargadora Marga Inge Barth Tessler, mas exige participação e diálogo com os interessados, o que não foi realizado em nenhuma circunstância pela ANVISA. Ademais, nada foi mostrado que ateste a alegada falta de comprovação científica da auto-hemoterapia. Apenas, de forma estranha, apareceu a nota proibindo um procedimento médico que era utilizado havia mais de 150 anos no mundo inteiro e no Brasil havia mais de sessenta anos, sem qualquer queixa concreta de algum mal resultante da sua aplicação.

LEGISLAÇÃO

No âmbito da nossa legislação, basta observar o que diz a Constituição Federal, em seu artigo 196:

Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Entendemos com direito a promoção do aumento da imunidade proporcionado pela auto-hemoterapia.

Por sua vez, o Art 197 da Carta Magna determina:

Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.

Está claro no texto constitucional que as ações de saúde submetem-se aos “termos da lei”, o que foi desprezado pela Anvisa, ao emitir a aludida Nota Técnica, pois o uso da auto-hemoterapia não está proibido em nenhum texto de lei.

Ademais, a Associação Médica Mundial é clara a respeito do assunto, em seu pronunciamento através da Declaração de Helsinque:

“No tratamento de um paciente, quando métodos profiláticos, diagnósticos e terapêuticos comprovados não existem ou foram ineficazes, o médico, com o consentimento informado do paciente, deve ser livre para utilizar medidas profiláticas, diagnósticas e terapêuticas não comprovados ou inovadores, se no seu julgamento, esta ofereça esperança de salvar vida, restabelecimento da saúde e alívio do sofrimento. Quando possível, estas medidas devem ser objeto de pesquisa, desenhada para avaliar sua segurança ou eficácia”(Associação Médica Mundial-2000).

Desta forma, consideramos que a proibição do uso da auto-hemoterapia pela Anvisa é ilegal e injusta, pelo que os brasileiros defendem o seu direito de submeter-se à aludida terapia, aplicada por um profissional de saúde de livre escolha em qualquer lugar do território nacional brasileiro. Para tanto, conclui-se que está fortemente documentada a eficácia da auto-hemoterapia para aumentar as defesas do organismo, conforme comprovado e nunca contestado cientificamente, através do trabalho do Dr. Jessé Teixeira. A sua aplicação é capaz de manter a imunidade do organismo elevada, para prevenir doenças e ajudar no tratamento e na cura de males dos quais seja ou vier a ser acometido. Desta forma, precisa ser suspensa a aplicação da Nota Técnica Nº 1, de 13 de abril de 2007, da Anvisa.

*Jornalista

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Leia mais sobre o assunto em www.rnsites.com.br/auto-hemoterapia.htm


Fonte: rnsites.com.br
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Obesidade na Adolescência

terça-feira, 29 de maio de 2012.
Segundo os últimos dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), são cada vez mais os jovens que sofrem do problema de excesso de peso. A obesidade é um problema que afeta qualquer tipo de pessoa e em qualquer idade, no entanto devido ao tipo de vida que hoje em dia os jovens levam, é cada vez mais comum ver (principalmente nos Estados Unidos e nos países Europeus), jovens a sofrer de obesidade na adolescência.

Este problema além de afetar todo o sistema de saúde do adolescente, vai ainda danificar um dos pontos mais fortes e mais importantes para a criação de um ser adulto com força para aguentar a vida: a autoestima. Um jovem que sofre deste tipo de problema vai ter uma autoestima realmente baixa, com grandes dificuldades em fazer amizades ou manter a socialização a um nível que seja saudável, fazendo assim com que a vida adulta seja muito mais complicada de gerir, com a solidão e a falta de contactos a trazer-lhe inúmeros problemas.

A vida dos jovens é caracterizada por excessos, em todos os sentidos, inclusive na comida. Os jovens passam largas horas fora de casa, muitas vezes com várias refeições feitas na rua, por isso o recurso a comidas “de plástico”, a doces, bolachas e refrigerantes, terá como principal função a acumulação de gordura em excesso em algumas zonas do organismo. Essa gordura poderia ser eliminada através da prática de exercício físico rotineiro, no entanto a presença dos computadores e das consolas de jogos faz com que a sedentariedade dos jovens seja uma realidade comum.

A obesidade na adolescência pode trazer várias consequências para o jovem que podem até afetar o resto da sua vida, incluindo: as alterações da postura e até ortopédicas, com problemas de ossos (devido ao excesso de peso para o esqueleto formado); a criação de hipertensão arterial, o que nos jovens pode tornar-se mesmo muito complicado de controlar e detetar a tempo; um enorme desconforto respiratório, que vai afetar até a subir as escadas do prédio ou mesmo a deslocar-se para a escola; problemas dermatológicos, devido ao peso em excesso a sua pele acabará por tomar outras formas que dificilmente voltará ao normal sem ajuda de cirurgia estética; vários problemas de saúde, nomeadamente o colesterol e triglicerídeos elevados, principalmente devido à má alimentação tida durante imensos anos; os inúmeros problemas psicossociais, fruto de uma fraca autoestima durante toda a adolescência, momento em que geralmente se fazem as amizades para a vida; e ainda uma grande dificuldade em afastar a persistência da obesidade na idade adulta, pois os hábitos foram adotados e serão bastante complicados de esquecer completamente.

Infelizmente a obesidade na adolescência é uma realidade dos dias de hoje, nomeadamente em Portugal, mas felizmente existem vários tratamentos que pode tentar para evitar um futuro complicado para a sua criança. O mais importante de tudo é que esta sinta que tem todo o apoio psicológico da família e amigos para ultrapassar um problema tão complicado como este.

Fonte: Obesidade.org
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Suplemento de cálcio aumenta risco de ataque cardíaco, diz estudo

sexta-feira, 25 de maio de 2012.
Pesquisa que associa ingestão de suplemento com maior incidência de problemas no coração divide especialistas.Pesquisa que associa ingestão de suplemento com maior incidência de problemas no coração divide especialistas.

O consumo de suplementos de cálcio pode aumentar o risco de ataque cardíaco, de acordo com pesquisadores alemães.

O cálcio em pílulas é recomendado para fortalecer os ossos e prevenir fraturas na velhice. No entanto, segundo o estudo publicado na revista científica "Heart", o suplemento "deve ser consumido com cautela".

Alguns especialistas recomendam uma dieta balanceada, com doses adequadas de cálcio, como alternativa ao suplemento.

Os pesquisadores do Centro Alemão de Pesquisa sobre o Câncer, em Heidelberg, acompanharam 23.980 pessoas por mais de uma década.Eles compararam o número de ataques cardíacos em pessoas que tomaram suplementos de cálcio com outras que não tomaram nada e concluíram que no primeiro grupo o risco de um ataque era 86% maior.

Críticas
O médico Carrie Ruxton, do Serviço de Informações sobre Suplementos de Saúde, no Reino Unido, acredita que seria "irresponsável" recomendar que as mulheres parassem de consumir cálcio.

"A osteoporose é um problema grave entre mulheres e seria irresponsável recomendar o fim do consumo de suplemento de cálcio com base em uma única pesquisa inconsistente, quando a ligação entre cálcio, vitamina D e saúde dos ossos está confirmada pela Agência Europeia de Segurança Alimentar", disse Ruxton.

Segundo a Fundação Britânica do Coração (BHF, na sigla em inglês) pacientes que receberam recomendações para tomar cálcio devem continuar o tratamento e conversar com seus médicos se estiverem preocupados.

"A pesquisa indica que as pessoas que tomam suplementos de cálcio podem estar mais sujeitas a um ataque cardíaco, mas isso não significa necessariamente que esses suplementos causam ataques cardíacos", afirma Natasha Stewart, enfermeira especializada em cardiologia da BHF.

"Mais estudos são necessários para elucidar a relação entre a ingestão de suplementos de cálcio e problemas do coração. Precisamos determinar se os riscos potenciais da administração de suplementos superam os benefícios para mulheres que sofrem de condições como osteoporose".

Dieta balanceada
De acordo com Ian Reid e Mark Bolland, pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, há cada vez mais evidências de que a administração de suplementos não é segura, nem particularmente eficaz. "As pessoas deveriam ser aconselhadas a obter a dose diária de cálcio com uma dieta equilibrada", acreditam Reid e Bolland.

Uma porta-voz do Departamento de Saúde do Reino Unido disse que o estudo será analisado com cuidado depois que o artigo completo for publicado: "A maioria das pessoas não precisa tomar suplemento de cálcio. Uma dieta saudável e balanceada fornece todos os nutrientes, incluindo cálcio, que elas necessitam. Boas fontes de cálcio incluem leite e derivados e vegetais de folhas verdes".

Fonte: Ciência E Saúde
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Brasileiros desenvolvem cicatrizante a partir de proteína de lagartas

Medicamento acelera regeneração da pele e outros tecidos em animais.
Pesquisa é desenvolvida pelo Instituto Butantan, em São Paulo.Um grupo de pesquisadores brasileiros desenvolveu um estudo que usa a proteína de uma lagarta para regenerar tecidos humanos. A técnica pode ser aplicada para tratar desde asma até rugas. 

Os especialistas do Instituto Butantan, em São Paulo, começaram a estudar a lagarta Lonomia há seis anos, por causa dos estragos que ela causava às plantações. Durante a análise, eles encontraram nas cerdas desses animais a proteína "Lopap", que estimula o corpo a produzir substâncias que regeneram alguns tecidos, como a pele. 

Os cientistas usaram essa propriedade cicatrizante da substância no desenvolvimento de um medicamento, que testado em animais, se mostrou mais eficaz do que os disponíveis hoje. A cicatrização da pele foi até 40% mais rápida, e não houve nenhum registro de queloide – cicatrização irregular, que causa nódulos na pele.O próximo passo é testar o tratamento em seres humanos. Os principais beneficiados devem ser as vítimas de doenças degenerativas e queimaduras, assim como os diabéticos, cuja cicatrização da pele é mais lenta. 

Outra opção é usar a técnica para tratamentos estéticos, como a redução de rugas. “Quando você fala em regeneração, pensando nas moléculas que esta proteína estimula as células da pele a produzir, você pode pensar, sim, em rejuvenescimento”, afirmou Ana Marisa Chudzinsk-Tavassi, diretora do Laboratório de Bioquímica e Biofísica do Instituto Butantan, que coordenou a pesquisa.


Fonte: Ciência E Saúde
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Semana Internacional da Tireoide 2012

terça-feira, 22 de maio de 2012.

Conhecimento Básico da Tireóide

A tireoide ou tiroide é uma glândula em forma de borboleta (com dois lobos), que fica localizada na parte anterior pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão (ou popularmente, gogó). É uma das maiores glândulas do corpo humano e tem um peso aproximado de 15 a 25 gramas (no adulto).

Ela age na função de órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes; na regulação dos ciclos menstruais; na fertilidade; no peso; na memória; na concentração; no humor; e no controle emocional. É fundamental estar em perfeito estado de funcionamento para garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo.

Comparada a outros órgãos do corpo humano é relativamente pequena ela. É responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em todos os sistemas do nosso organismo.

Quando a tireoide não está funcionando adequadamente pode liberar hormônios em excesso (hipertiroidismo) ou em quantidade insuficiente (hipotireoidismo).

Hipotireoidismo

Se a produção de “combustível” é insuficiente provoca hipotireoidismo. Tudo começa a funcionar mais lentamente no corpo: o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. Ocorrem, também, diminuição da capacidade de memória; cansaço excessivo; dores musculares e articulares; sonolência; pele seca; ganho de peso; aumento nos níveis de colesterol no sangue; e até depressão. Na verdade, o organismo nesta situação tenta "parar o indivíduo", já que não há “combustível” para ser gasto.

Hipertireoidismo

Se há produção de “combustível” em excesso acontece o contrário, o hipertiroidismo. Nesse caso, tudo no nosso corpo começa a funcionar rápido demais: o coração dispara; o intestino solta; a pessoa fica agitada; fala demais; gesticula muito; dorme pouco, pois se sente com muita energia, mas também muito cansada.

Tanto no hipo como no hipertireoidismo, pode ocorrer um aumento no volume da tireoide, que chama-se bócio, e que pode ser detectado, através do exame físico. Problemas na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, do recém-nascido ao idoso, em homens e em mulheres.

Diagnosticar as doenças da tireoide não é complicado e o tratamento pode salvar a vida da pessoa.

Nódulos de Tireoide

Um dos problemas mais frequentes da tireoide são os nódulos, que não apresentam sintomas. Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. O que não significa que sejam malígnos. Apenas 5% dos nódulos são cancerosos. O reconhecimento deste nódulo precocemente pode salvar a vida da pessoa e a palpação da tireoide é fundamental para isso. Este exame é simples, fácil de ser feito e pode mudar a história de uma pessoa. Uma vez identificado o nódulo, o endocrinologista solicitará uma série de exames complementares para confirmar a presença ou não do câncer.

Veja como fazer o autoexame da tireoide.

Fonte: endocrino.org







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VICIADOS EM SEXO: DO PRAZER À OBSESSÃO

Matéria interessante sobre sexualidade. Vale a pena conferir...Entenda distúrbio que torna pessoas dependentes do próprio desejo

Recentemente lançado, o filme Shame, dirigido pelo famoso Steve McQueen, traz à tona um assunto polêmico em sexualidade: a compulsão sexual ou, como é mais popularmente conhecido, o vício em sexo. Trata-se de um distúrbio capaz de prejudicar a pessoa em diversas dimensões, como na profissão, na vida familiar e afetiva e no meio social em que convive.

Produções cinematográficas anteriores já abordaram o tema, porém com tramas enfeitadas de certa dose de fantasia erótica e, por vezes, até sugerindo que envolvimentos sedutores podem fugir do controle e provocar acontecimentos mais trágicos do que se pode imaginar. Shame, por sua vez, aproxima-se mais da realidade, pois além de chamar a atenção para o problema, insinua que se trata de um desvio e, portanto, merece cuidado terapêutico.

Longe das imagens eróticas e das fantasias, estamos falando aqui de uma síndrome sexual com sérias implicações para o sujeito, decorrentes de um comportamento compulsivo, o qual é tido como um transtorno necessário de ser tratado como um distúrbio psicopatológico.

ESCRAVOS DO DESEJO

Portadores dessa anomalia apresentam, espontânea e constantemente, elevados níveis de desejo, com fantasias sexualmente excitantes, impetuosas e recorrentes. Isso os impede de controlar seus impulsos sexuais e, mais que isso, o sexo acaba por comandar seus hábitos. Tornam-se, assim, escravos do próprio desejo e passam a viver em função de sua atividade sexual.

Em geral, trata-se de um distúrbio presente em indivíduos que não apresentam qualquer evidência de disfunções sexuais, tais como a ejaculação precoce e a disfunção erétil, no caso dos homens, ou anorgasmia (ausência de orgasmo) e transtorno de excitação, entre as mulheres. No entanto, essas pessoas podem ser consideradas potencialmente sujeitas a contraírem doenças sexualmente transmissíveis, dada a alta rotatividade em relação ao número de parceiros que usualmente passam a ter e, muito provavelmente, com mais promiscuidade.Por desenvolverem um alto grau de ansiedade - o que pode gerar Transtorno de Ansiedade aliado à compulsão sexual - e uma excessiva inquietação em busca de possibilidades que possam propiciar sua atividade sexual, as pessoas compulsivas sexuais direcionam seus sentimentos e pensamentos quase que exclusivamente para esta dimensão. Com isso, prejudicam desde suas atividades cotidianas mais simples até seus relacionamentos sociais e afetivos, envolvendo a infidelidade com os parceiros e a perda de amizades, experimentando, assim, a sensação de vergonha e culpa.

É muito difícil medir o desejo sexual humano, mas poderíamos dizer que ele varia numa escala extrema, que vai desde onde ele praticamente não existe - que corresponde ao Transtorno de Aversão Sexual - até o oposto, em que o desejo é absoluto e incontrolável, situação denominada de Desejo Sexual Hiperativo (DSH) ou Hipersexualidade. Neste caso, em geral se desencadeia a obsessão sexual, determinada por um aumento considerável da frequência na atividade sexual, com compulsividade ao ato e à sua consumação. Em mulheres, o Desejo Sexual Hiperativo também é conhecido como Ninfomania e entre os homens, denomina-se Satiríase.

COMO SABER SE SOFRO DE COMPULSÃO SEXUAL?

A sexualidade humana expressa e realiza o ser integral de cada pessoa. Faz parte das experiências do cotidiano como fonte de prazer, realização emocional e estruturação da nossa identidade. É muito influenciada pelos aspectos socioculturais e cada indivíduo é tocado em sua particularidade, pelo meio em que vive. Uma vez que os valores sociais das culturas são dinâmicos, as condutas sexuais se alteram constantemente. Assim, não é tão fácil mensurar um padrão de normalidade para a atividade sexual. Podemos, portanto, estar apenas diante de uma questão de saúde, ética ou meramente íntima de cada indivíduo.

Segundo determinações em psicopatologia, a compulsão sexual pode ser entendida como distúrbio ou patologia, quando causa sofrimento emocional para a pessoa, com prejuízos consideráveis na dimensão relacional, afetiva e familiar. Ou seja, o limite pode ser percebido quando a pessoa começa a machucar a si mesma e ao outro.Além disso, este estado patológico também pode causar danos à profissão e prejuízo financeiro, devido aos gastos extras decorrentes da necessidade da expressão sexual a qualquer custo. Gastos estes que incluem, muitas vezes, o uso de substâncias psicoativas, como álcool e drogas, as quais estão relacionadas à necessidade de desinibição do comportamento. Quase sempre o objetivo é intensificar o prazer ou abrandar a vergonha e a culpa, que são comuns nestes casos.

DESCUBRA AS CAUSAS DA COMPULSÃO SEXUAL

Alguns autores afirmam que uma das possibilidades, em termos fisiológicos, para a causa desta anomalia está ligada a alterações no equilíbrio dos neurotransmissores relacionados à atividade sexual. Pessoas com lesões nos lobos cerebrais temporais podem desenvolver a hipersexualidade, cujas alterações caracterizam a Síndrome de Kluver-Bucy.Outros especialistas, porém, explicam a compulsão sexual como uma dependência ao sexo. Isto é, um problema de adição ou vício, muito próximo do uso de álcool e drogas, como a cocaína, por exemplo.

Segundo a Psicanálise, o desejo é o que movimenta o homem. No entanto, especialmente os desejos sexuais, estão sempre em conflito, seja com convenções sociais, com a própria realidade ou, ainda, simplesmente por existirem. Freud afirmava que tais desejos são fundamentais à saúde, mesmo que nunca satisfeitos totalmente. O ser humano deseja o que não tem ou aquilo que perdeu, e esses desejos não satisfeitos e reprimidos podem gerar angústia e ansiedade, ou serem causas de expressões sexuais surpreendentes e até perturbadoras, a ponto de culminar no comportamento compulsivo.

Há, ainda, teorias psicológicas que afirmam ser um transtorno de adaptação comportamental, baseado no fato de que o ato repetitivo em busca de prazer - feito por meio do sexo - está ligado à aprendizagem de algo que proporciona tranquilidade. Para essa corrente de pensamento, o sexo funciona como uma espécie de droga sintética, capaz de diminuir sentimentos de medo, solidão e ansiedade. Neste caso, ocorre uma hiperestimulação do processo natural decorrente da atividade sexual, que é entendido pelo cérebro como uma recompensa prazerosa.

Percebemos, então, que o conjunto de sintomas apresentados pelo Desejo Sexual Hiperativo pode, na verdade, representar transtornos diferentes, de acordo com a história de vida do paciente, devendo cada qual ser tratado de forma distinta, conforme sua possível causa.

Problema fisiológico, adição ou transtorno, o fato é que o comportamento sexual compulsivo - que pode ser decorrente de diferentes patologias - tem graves consequências como:

  • Perda do autocontrole
  • Sofrimento subjetivo profundo
  • Incapacidade de adaptação psicossocial
Por esse motivo, o distúrbio deve, como dissemos, ser tratado de modo particular e distinto, conforme sua possível causa, a partir de um criterioso diagnóstico, vastamente pesquisado e explorado pelo terapeuta. Isto significa que esse processo anômalo pode ser controlado e até revertido, na medida em que for devidamente cuidado e acompanhado por especialistas em saúde sexual humana.

Autora

ANTONIETA MAZON

Química, pedagoga, mestre em Educação, pós-graduada em Sexualidade e Psicologia, e orientadora sexual. Faz palestras e escreve artigos sobre educação, família e sexualidade.

Fonte: Personare (Clique no link e veja parte do trailler)
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Surdez e Zumbido nos Ouvidos

sábado, 19 de maio de 2012.

O método de tratamento na medicina chinesa preocupa-se em discernir característica de yin e yang. Em geral quando o zumbido é fulminante, o barulho é maior, e a perda auditiva é súbita, caracterizando o excesso de yang. No caso de zumbido crônico, o barulho é menor, e a perda auditiva é gradativa, caracterizando o excesso de Yin.
Além disso, quando o zumbido apresenta um som mais agudo, na maioria das vezes, caracteriza-se a deficiência funcional do fígado e rins, e má circulação de sangue e energia no coração e rins. Ao apresentar um som mais grave, caracteriza-se calor no fígado e bílis, e energia negativa, impedindo o funcionamento sadio dos ouvidos.

Tratamento com acupuntura:

São aplicadas algumas agulhas em pontos estratégicos. Os pontos que mais utilizo são: Tinggong, Tinghwei e Yifeng. Esta aplicação consiste na melhora de surdez de nascença, ruptura do tímpano, umidade e secreções nos ouvidos. A maioria dos pacientes consegue obter melhora imediata. Estive nas associações Hiroshima Kenjinkai, Tottori Kenjinkai, Okinawa Kenjinkai, Clube dos Anciões e Rotary, tratando vários pacientes, alguns com problemas de surdez que durou mais de 40 a 50 anos, e após a aplicação de acupuntura, a recuperação foi observada dentro de poucos minutos.

O tratamento de Zumbido nos Ouvidos usando a Acupuntura consiste nas seguintes formas:

1. Evitar a morte das células filiformes auditivas.

2. Aumentar a capacidade de funcionamento da concha auricular, por meio de estímulo no ponto Tinggon.

3. Melhorar a circulação do sangue.

4. Aumentar a condutibilidade elétrica da hipoderme. Há uma relação íntima entre os pontos auriculares tratados e o tecido nervoso. A circulação sanguínea e os nervos desses pontos refletem diretamente, de graus variados, nos nervos da face, principalmente os pontos Yifeng e Huishu. Por meio de estímulos de agulhas, pode-se observar o aumento da variação eletromagnética de hipoderme auricular.

Existem diversas formas de tratar a surdez e o zumbido nos ouvidos através da acupuntura, e todas têm a finalidade de evitar a necrose das células do sistema auditivo, regular e ativar o funcionamento dos nervos auditivos, melhorando os sintomas do zumbido e da surdez.

Fonte: Dr. Peng Wen Yu
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Pressão Arterial X Problemas de saúde

quinta-feira, 17 de maio de 2012.
Um terço dos adultos tem pressão alta, diz relatório mundial.Diabetes atinge um em cada dez adultos, segundo levantamento da OMS. As duas doenças têm grande impacto sobre o coração. Um em cada três adultos sofre de hipertensão arterial, ou pressão alta, uma condição que causa cerca de metade de todas as mortes por derrame e problemas cardíacos no mundo, destacou nesta quarta-feira (16) a Organização Mundial da Saúde (OMS) em seu relatório anual sobre estatísticas sanitárias. A diabetes, que também tem grande impacto sobre a circulação, atinge um em cada dez adultos."Este relatório oferece uma evidência a mais do aumento dramático das condições que desencadeiam os problemas de coração e outras doenças crônicas, particularmente nos países pobres e em desenvolvimento", disse a diretora geral da OMS, Margaret Chan.

Chan ressaltou o preocupante fato de que "em alguns países africanos, metade da população adulta sofra hipertensão", razão pela qual a OMS quer chamar a atenção para "o crescente impacto das doenças não contagiosas".

No Brasil, os dados mais recentes são da pesquisa Vigitel, feita por telefone nas 26 capitais e no Distrito Federal. Segundo esse levantamento, 22,7% dos adultos do país têm hipertensão, enquanto a diabetes atinge 5,6%.

Dados inéditos
O levantamento, feito anualmente pelo ministério desde 2006, traz um diagnóstico da saúde do brasileiro a partir de questionamentos – por telefone – sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física, e doenças, como a hipertensão e a diabetes. Em 2011, foram entrevistados 54.144 maiores de idade de janeiro a dezembro.

Pela primeira vez, o estudo estatístico da OMS inclui informação de 194 países sobre os altos níveis da pressão sanguínea e da taxa de glicose no sangue em homens e mulheres. Os dados revelam, entre outras coisas, que os diagnósticos e os tratamentos baratos destas doenças reduziram o problema nos países desenvolvidos.

A preocupação da organização é que em lugares como a África, onde não são aplicadas estas medidas preventivas, a maior parte das pessoas com estas doenças não sabem que correm um "alto risco de morte e incapacidade por um ataque no coração ou um derrame".

O documento contém também informação sobre níveis de glicose no sangue. A prevalência média global de diabetes está em torno de 10%, mas o índice chega a até um terço da população em alguns países do Pacífico.

A OMS lembra que, se não for tratado, a diabetes pode causar doenças cardiovasculares, cegueira e falha renal.

A terceira grande preocupação é o excesso de peso, já que "em todas as regiões do mundo, o número de obesos dobrou entre 1980 e 2008", declarou Ties Boerma, diretor do Departamento de Estatísticas Sanitárias e Sistemas da Informação da OMS.

"Hoje, cerca de 500 milhões de pessoas (12% da população mundial) são consideradas obesas", segundo Boerma.

O nível mais alto de obesidade foi registrado na região das Américas (26% dos adultos) e o mais baixo no Sudeste Asiático (3% dos adultos), sendo maior a proporção de mulheres obesas que a de homens. A obesidade aumenta risco de diabetes, problemas de coração e câncer.

A conclusão é que as doenças não contagiosas são atualmente a causa de dois terços das mortes no mundo, e por isso a OMS trabalha em um marco de acompanhamento e uma série de metas voluntárias para prevenir e controlar o problema.

Avanços
O relatório será um dos assuntos abordados na próxima Assembleia Mundial sobre a Saúde da OMS em Genebra (entre os dias 21 e 26 de maio), que também informará os avanços conquistados.

Segundo a OMS, desde que se estabeleceram os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) da ONU, há mais de uma década, "foi possível um progresso substancial na redução da mortalidade infantil e maternal, em relação ao HIV, à tuberculose e à malária".

A desnutrição infantil ainda é a causa subjacente de aproximadamente 35% das mortes de crianças menores de cinco anos, embora no caso dos países em desenvolvimento tenha sido detectada certa melhora: entre 1990 e 2010 a proporção de crianças dessas idades que apresentavam peso abaixo do recomendável passou de 29% para 18%. Já a mortalidade entre menores de cinco anos nas últimas duas décadas reduziu 35% no mesmo período.

"As reduções foram particularmente impactantes nas mortes por diarreias e por sarampo", destacou a organização.

Especialmente significativo é o dado sobre a África, onde acontece metade das mortes de menores de cinco anos, já que a taxa de redução passou de 1,5% (1990-2010) para 2,8% (2005-2010).

O dado de redução é grande também no que se refere ao número de mortes maternais -- de 543 mil em 1990 para 287 mil em 2010 --, mas a OMS indica que 'a taxa de redução é apenas a metade do necessário para conseguir o objetivo relevante dos ODM'.

Fonte: Ciência E Saúde
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FELIZ DIA DAS MÂES

domingo, 13 de maio de 2012.



Mãe: palavra pequena, mas com um significado infinito, pois quer dizer amor, dedicação, renúncia a si própria, força e sabedoria. Ser mãe não é só dar a luz e sim, participar da vida dos seus frutos gerados ou criados. Obrigado por termos você.
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Acupuntura e o Diabetes....

sábado, 12 de maio de 2012.
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (9) que 5,6% da população adulta do Brasil têm o diagnóstico de diabetes. O número é menor que o do ano passado, quando 6,3% foram identificados com a doença. Ao longo dos últimos seis anos, no entaDe acordo com o Censo 2010, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há 134.465.631 pessoas em idade adulta no país. Levando em conta esse número, a população com diabetes fica em torno de 7,5 milhões de brasileiros.

A diabetes se caracteriza pelo acúmulo de açúcar no sangue, aumenta o risco de doenças do coração e do rim e pode levar à cegueira, entre outras complicações.

A tipo 2 é a mais comum, aparece em cerca de 90% dos diabéticos. O pâncreas começa a falhar aos poucos. A doença tem carga genética, mas geralmente está ligada à obesidade e ao sedentarismo, e aparece na fase adulta. Pode ser controlada com remédios e dieta, e injeções de insulina são usadas apenas em alguns casos.

O tipo 1 costuma surgir na infância ou na adolescência. Uma falha no sistema de defesa do corpo leva à destruição das células do pâncreas que produzem a insulina, hormônio que leva o açúcar para dentro das células. Esses pacientes dependem da injeção de insulina pelo resto da vida.nto, a tendência é de estabilidade.

A PERSPECTIVA DA MEDICINA TRADICIONAL
CHINESA E O TRATAMENTO DO DIABETES

O diabetes mellitus é uma doença crônica que se caracteriza pelo aumento anormal da glicose (açúcar) no sangue. Durante a digestão dos alimentos, os carboidratos que ingerimos passam por um processo de alteração e se quebram em partículas de açúcares cada vez menores. Nesse processo, eles são transformados em glicose, cuja molécula é tão pequena que é capaz de atravessar os tecidos até atingirem a corrente sanguínea.

É a insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, que regula os níveis de açúcar no sangue. O diabético possui uma deficiência na produção da insulina, fazendo com que a entrada de glicose na corrente sanguínea torne-se insuficiente. A glicose, que não consegue passar pelo processo de transformação e entrar na célula, fica retida no sangue e é eliminada através da urina. É por isso que o portador de diabetes urina constantemente e sente muita sede.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que existam no mundo cerca de 143 milhões de diabéticos, sendo que um terço não sabe que tem a doença.

Tipos de Diabetes

Diabetes tipo 1: conhecida por diabetes insulinodependente, é comum se manifestar em crianças ou jovens e requer a administração diária de insulina, que deve ser injetada uma ou mais vezes durante o dia, dependendo de cada caso. Sua causa ainda é motivo de polêmica entre os especialistas.

Quando a concentração de glicose no sangue sobe, o paciente sente fraqueza, fadiga e sede. Esse processo é chamado hiperglicemia. No caso de queda na concentração de glicose no sangue, o diabético sente tontura, fome, fadiga, dor de cabeça, suores, tremores, e até a perda da consciência nos casos mais severos. Esse processo é chamado hipoglicemia e, nesses casos, é necessário ingerir rapidamente uma dose de açúcar simples. Mas cuidado com exageros pois assim que a hipoglicemia passa o nível de glicose pode subir e levar a uma hiperglicemia.

Os portadores de diabetes costumam ter hipoglicemias durante a manhã ou madrugada devido ao jejum noturno. Assim, é aconselhável ter sempre à mão um alimento que possa suprir a necessidade de glicose durante uma crise de hipoglicemia.

Diabetes tipo 2: nesse tipo de diabetes o paciente não é insulinodependente e sabe-se que seu surgimento mantém correlação com a obesidade e o sedentarismo. Sua incidência é maior após os 40 anos, que é quando os portadores tornam-se incapazes de absorver a glicose. O diabetes tipo 2 é cerca de oito a 10 vezes mais comum que a do tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico.

Segundo o Ministério da Saúde a doença aumenta de três a cinco vezes os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares. É uma das principais causas de falência renal e pode provocar cegueira, amputação e disfunção erétil, além de reduzir em até cinco anos a expectativa de vida do paciente.

Tratamento do diabetes

Atenção especial à dieta, prática de exercícios físicos, medicamentos e insulina são as práticas mais adotadas para controlar a doença. Cada caso é único e deve ser analisado pelo especialista, que auxiliará o paciente a manter uma alimentação saudável, sempre nos horários certos e nas quantidades adequadas. Hoje já é possível medir o nível de glicose no sangue sem sair de casa, com apenas um furinho no dedo. E a partir dos resultados, aplicar a insulina ou utilizar o medicamento receitado pelo seu médico.

No entanto, muitos diabéticos têm grande dificuldade de controlar o nível do açúcar no sangue. Alguns se referem ao descontrole glicêmico associado ao estresse e à ansiedade. Outros apontam irritabilidade e mudanças repentinas no humor como sintomas da disfunção. Isso abre espaço para a utilização da Acupuntura e de outras terapias relacionadas à Medicina Tradicional Chinesa para auxiliar no controle da doença.

Diabetes e Medicina Tradicional Chinesa

O ginseng tem mostrado bons resultados para regular o nível de açúcar no sangue. Além dele, os especialista tem tratado o diabetes dos tipos 1 e 2 com uma combinação de ervas que incluem o astragalus e a rehmamnia.

Acupuntura

Segundo um estudo publicado pela OMS o uso da Acupuntura pode reduzir em até 20% o nível de glicose no sangue. De acordo com os especialistas, isso ocorre porque a técnica ativa o sistema endócrino e estimula a produção de insulina.

Além disso, a Acupuntura pode ser usada no controle do estresse, para favorecer a imunidade geral e revitalizar órgãos que possam vir a se comprometer devido ao diabetes.
Geralmente, o acupunturista trabalha em pontos associados à bexiga, rins, pâncreas, baço, órgãos relacionados e meridianos. Também nota-se que a Acupuntura ajuda na reversão da neuropatia, geralmente presente em pacientes diabéticos de longa data.

A Acupuntura à laser e a Auriculoterapia também são utilizadas. No entanto, os especialistas alertam para a necessidade de controlar a glicemia através da dieta adequada e do uso do medicamento receitado pelo endocrinologista.

Acupressão

A acupressão é uma técnica que consiste em pressionar determinados pontos do corpo com as mãos. Ela tem a vantagem de dispensar o incômodo das agulhas e, quando bem aplicada, pode trazer resultados satisfatórios.

Para usá-la no controle dos sintomas relacionados ao diabetes, tais como cansaço, cãibras e problemas menstruais, é necessário aplicar pressão diretamente nos pontos 18, 19, 20 e 23 da bexiga para estimular o bom funcionamento do fígado e do pâncreas, melhorando os sintomas da doença e a saúde geral do paciente.

Fonte ciência e saúde / Acupunturista.net
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